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Preços da habitação aceleraram para 17,2% no segundo trimestre

24 de setembro, 2025

egundo o Índice de Preços da Habitação - IPHab, divulgada pelo INE, a taxa de variação homóloga no 2.º trimestre foi 17,2%, mais 0,9 p.p. que no trimestre anterior. No trimestre de referência, o crescimento dos preços das habitações existentes foi superior ao observado nas habitações novas, que se fixaram em 18,3% e 14,5%, respetivamente.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística - INE, em relação ao trimestre anterior, o IPHab cresceu 4,7% (variação de 4,8% no trimestre precedente). Neste período, o aumento dos preços das habitações existentes (5,1%) superou o das habitações novas (3,8%). Entre Abril e Junho de 2025, transacionaram-se 42 889 habitações, o que representa uma taxa de variação homóloga de 15,5% e um aumento de 3,7% face ao trimestre anterior.  No trimestre de referência, o valor das habitações transacionadas atingiu 10,3 mil milhões de euros, mais 30,4% que em idêntico período de 2024.

No 2.º trimestre de 2025, as aquisições de habitações pelo sector institucional das Famílias perfizeram 37 699 unidades (87,9% do total), somando 8,9 mil milhões de euros (87,0% do total). Neste período, os compradores com um domicílio fiscal fora do Território Nacional adquiriram 2 107 alojamentos (4,9% do total), o que representa uma redução homóloga de 14,5%.

O INE indica ainda que no 2.º trimestre, a taxa de variação homóloga do IPHab foi 17,2%, mais 0,9 p.p. relativamente ao trimestre anterior, tratando-se do aumento homólogo de preços mais expressivo da série disponível. No trimestre de referência, os preços das habitações existentes cresceram de forma mais pronunciada comparativamente com as habitações novas, fixando-se em 18,3% e 14,5%, respetivamente.

O IPHab aumentou 4,7% entre o 1.º e o 2.º trimestre de 2025 (4,8% no 1.º trimestre de 2025 e 3,9% no 2.º trimestre de 2024). No período em análise, as duas categorias consideradas apresentaram aumentos de preços, tendo estes sido mais pronunciados nas habitações existentes (5,1%) que nas habitações novas (3,8%).

No 2.º trimestre de 2025, a taxa de variação média anual do IPHab foi 13,8%, mais 2,4 p.p. que no trimestre anterior, o que constitui um novo máximo da série disponível. Neste período, as habitações existentes apresentaram uma taxa de variação de 14,6%, superior em 2,5 p.p. ao registo do trimestre precedente. Nas habitações novas, observou-se igualmente uma aceleração dos preços, com o crescimento a fixar-se em 11,7% (9,7% no 1.º trimestre de 2025).

Número de transações aumentou 15,5%

No 2.º trimestre transacionaram-se ainda 42 889 habitações, correspondendo a um aumento de 15,5% face a idêntico período do ano anterior (variação de 25,0% no 1.º trimestre de 2025). Do total das transações, 34 579 (80,6% do total) respeitaram a habitações existentes, correspondendo a um aumento homólogo de 16,7%.

Nas habitações novas, o aumento do número de transações foi 10,9%, perfazendo 8 310 unidades. Entre o 1.º e o 2.º trimestre de 2025 registou-se um aumento de 3,7% no número de transações de alojamentos (-8,5% no trimestre anterior). O aumento do número de transações foi observado apenas na categoria das habitações existentes (4,8%), registando-se uma redução de 0,6% nas habitações novas.

Os alojamentos transacionados no período em análise totalizaram 10,3 mil milhões de euros, mais 30,4% por comparação com o mesmo período de 2024. No trimestre de referência, observou-se uma taxa de variação homóloga de 33,6% no valor das transações das habitações existentes, para 7,6 mil milhões de euros e um crescimento de 22,0% no valor das habitações novas, para 2,6 mil milhões de euros.

O valor das transações de alojamentos aumentou 6,8% no 2.º trimestre de 2025 face ao trimestre imediatamente anterior (-5,5% no 1.º trimestre de 2025). Neste período, o crescimento observado no valor das vendas das habitações existentes superou o das habitações novas, 9,2% e 0,3%, respetivamente.

No 2.º trimestre de 2025, o sector institucional das Famílias adquiriu 37 699 alojamentos, representando 87,9% do total de transações, sendo necessário recuar até ao 3.º trimestre de 2020 para se observar um peso relativo mais elevado (88,2%). O número de transações aumentou 18,0% face a idêntico período de 2024 e 4,8% relativamente ao trimestre anterior. O conjunto de habitações adquiridas pelas Famílias totalizou 8,9 mil milhões de euros, traduzindo-se numa taxa de variação homóloga de 32,8% (46,3% no trimestre anterior).

Entre abril e junho de 2025 foram contabilizadas 40 782 transações cujos compradores apresentaram um domicílio fiscal no Território Nacional, mais 17,7% em termos homólogos. Neste período, as transações de compradores com domicílio fiscal fora do Território Nacional, totalizaram 2 107 unidades, correspondendo a uma taxa de variação de -14,5% face a idêntico período de 2024 (+1,5% no 1.º trimestre de 2025). Pelo 4.º trimestre consecutivo observou-se um decréscimo do peso relativo das aquisições de habitação por compradores com domicílio fiscal distinto do Território Nacional, que se fixou em 4,9% no 2.º trimestre de 2025 (6,6% no 2.º trimestre de 2024). De entre as transações relativas a compradores com domicílio fiscal fora do Território Nacional, a categoria União Europeia, com um total de 1 112 unidades, foi aquela que menos decresceu em termos homólogos, -10,5%. A categoria de domicílio fiscal Restantes Países totalizou 995 transações e uma redução de 18,6%

Vendas nas várias regiões do país

No Norte, com um total de 12 955 transações, apresentou o maior número de vendas de alojamentos, representando 30,2% do total, um acréscimo de 0,6 p.p. face ao período homólogo. Neste período, a região que registou o segundo montante mais expressivo do número de transações e, simultaneamente, um incremento na respetiva quota relativa (+0,2 p.p.) foi a Grande Lisboa, na qual se realizaram 8 189 vendas, correspondentes a um peso relativo regional de 19,1%. A Península de Setúbal também aumentou o seu peso relativo regional, em 0,1 p.p., representando 9,6% do total de vendas de alojamentos, totalizando 4 096 transações.

Entre Abril e Junho, as vendas de habitações realizadas no Norte, cifraram-se nos 2,7 mil milhões de euros, 26,1% do montante total, constituindo um acréscimo homólogo de 1,7 p.p. em termos de peso relativo. A Península de Setúbal e o Oeste e Vale do Tejo, foram as demais regiões a registarem aumentos nas respetivas quotas relativas, 0,3 p.p. e 0,2 p.p., pela mesma ordem. A Grande Lisboa, pelo terceiro trimestre consecutivo, ultrapassou a fasquia dos 3 mil milhões de euros no valor das transações, sendo, no entanto, insuficiente para evitar a maior redução de entre as quotas regionais (-1,5 p.p.).

No 2º trimestre, o Norte, a Península de Setúbal e o Centro evidenciaram crescimentos acima da média nacional no número e no valor das vendas de alojamentos relativamente ao mesmo período de 2024, registando aumentos de 17,8%, 16,3% e 16,1%, no número de transações e de 39,4%, 34,3% e 30,6%, no valor das transações, respetivamente. No trimestre de referência, a Região Autónoma da Madeira registou o menor dinamismo no mercado imobiliário habitacional, traduzindo-se numa redução, em termos homólogos, do número transações de 5,3% e no aumento menos expressivo no valor das transações, 15,3%.