Banco de Portugal: Taxa de juro de renegociações e novos créditos à habitação desce para 2,88%
5 de setembro, 2025
A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação, que incluem renegociações, voltou a descer em julho, pelo sexto mês consecutivo, para 2,88%, avança o Banco de Portugal (BdP).
Já a taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação passou de 2,92% em junho para 2,88% em julho, representando a 20.ª descida em 21 meses consecutivos (a exceção foi janeiro de 2025, em que subiu 0,03 pontos percentuais).
Por tipo de negociação, a taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação recuou 0,01 pontos percentuais (p.p.), para 2,86%, enquanto a taxa de juro média das renegociações dos créditos à habitação desceu de 3,16%, para 3,03%.
No conjunto dos países da área do euro, a taxa de juro média das novas operações de empréstimos à habitação diminuiu 0,01 p.p. para 3,28%, tendo Portugal apresentado a quinta taxa de juro média mais baixa, refere o BdP.
A prestação média mensal do 'stock' de empréstimos à habitação manteve-se face a junho, nos 413 euros, contra 430 há um ano.
O banco central indica ainda que a taxa fixa apresentava a maior taxa de juro entre as novas operações (3,36%), seguindo-se a taxa variável (2,83%), ficando ambas abaixo da taxa mista, que apresentava uma taxa juro média de novas operações de 2,77%, representando reduções respetivas de 0,15, 0,11 e 0,01 p.p..
A Euribor a 12 meses, que foi a mais utilizada durante quase dois anos, até abril, representou, em julho, 38,2% do montante das novas operações com taxa variável, enquanto a Euribor a três meses subiu para 6,9%. As operações com Euribor a seis meses representaram mais de metade (50,7%).
Em termos do 'stock' total de empréstimos à habitação, a Euribor a seis meses representava 38,0%, a Euribor a 12 meses 32,1% e a três meses 25,5%.
A taxa fixa manteve-se como a preferida nos novos contratos, com 69,6%, seguindo-se a taxa variável, com 24,4%, e a fixa com 6%.