Elsa Torgal

Consultora Imobiliária

Atividade de reabilitação urbana reduziu 1,2% em abril

1 de junho, 2025

 

De acordo com o inquérito realizado pela AICCOPN às empresas que atuam no segmento da Reabilitação Urbana, em abril de 2025, verificou-se uma desaceleração na evolução dos principais índices qualitativos. Com efeito, o Índice de Nível de Atividade registou uma quebra de 1,2% em termos homólogos.

 

Segundo Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, o Índice de Carteira de Encomendas, que no mês anterior apresentara um acréscimo de 8,7%, também em termos homólogos, evidenciou em Abril uma expressiva desaceleração, apurando-se uma variação de apenas +1,8%.

 

Quanto à Produção Contratada – indicador que estima o tempo médio de trabalho assegurado pelas empresas a um ritmo normal de execução – registou um aumento, fixando-se nos 10,5 meses, significativamente acima dos 9,6 meses observados em Abril de 2024.

 

No que respeita ao licenciamento municipal de obras de reabilitação, até Março de 2025 foram emitidas 1.661 licenças, traduzindo um aumento de 6,4% face ao mesmo período de 2024. Este desempenho resulta do forte dinamismo registado nos edifícios habitacionais (+15,7%), que compensou a quebra observada nos edifícios não residenciais (-4,8%).

9 de maio, 2025

 

Segundo dados da Confidencial Imobiliário (CI), nos três primeiros meses do ano estima-se que tenham sido vendidas 40.750 casas em Portugal Continental, menos 5,4% que no trimestre anterior.

 

Apesar disso revela um volume que mantém o mercado a transacionar acima das 40.000 unidades. As projeções realizadas pela CI foram realizadas a partir dos dados de transação reportados ao SIR- Sistema de Informação Residencial.

 

O padrão de 40.000 casas vendidas por trimestre foi visível entre meados de 2021 e meados de 2022, na reativação da procura pós-pandemia, tendo sido novamente atingido no 4º trimestre do ano passado, quando se transacionaram 43.100 fogos. Este foi um pico de atividade que ficou a dever-se à concretização de vendas que tinham sido adiadas durante o decurso do ano, fruto da incerteza que se instalou no mercado até à entrada em vigor das diversas medidas direcionadas ao sector, especialmente as que contemplaram os jovens. Comparativamente ao 4º trimestre de 2024, em que a procura registou uma atividade excecional, o 1º trimestre reduz a atividade em 5,4%, sinalizando uma tendência para a estabilização do mercado residencial após o pico de procura registado.

 

Recorde-se que os preços de venda das casas não só mantêm a trajetória de crescimento, como estão a crescer mais rapidamente, registando uma variação trimestral de 6,6% e homóloga de 15,8% no 1º trimestre de 2025, de acordo com o Índice de Preços Residenciais. No 4º trimestre de 2024, estes indicadores eram de 4,1% e 11,0%, respetivamente.

 

No 1º trimestre de 2025, a habitação em Portugal Continental foi vendida por um preço médio de 2.701€/m2, de acordo com os dados do SIR-Sistema de Informação Residencial.

No concelho de Lisboa, verificam-se aumentos significativos tanto na compra como no arrendamento de imóveis, com destaque para algumas regiões específicas do distrito.

O portal imobiliário Imovirtual divulgou o barómetro sobre a evolução dos preços médios anunciados de venda e arrendamento.

Os maiores aumentos no preço médio registaram-se em Azambuja (+76%), Cascais (+55%), Sobral de Monte Agraço (+51%) e Sintra (+48%). Por outro lado, Amadora foi o único concelho com uma ligeira estabilização dos preços (-0,5%).

"Noticia: executivedigest.sapo.pt"